terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A Sociedade portuguesa: um retrato: A demografia nas últimas quatro décadas I




A sociedade portuguesa: um retrato: A demografia nas últimas quatro décadas I


Nestes últimos quarenta anos a população portuguesa não aumentou nem diminuiu de forma significativa, mas apresentou oscilações importantes: com pouco mais de 10 milhões de habitantes, o aumento em quarenta anos terá sido de cerca de 12,3%.


No entanto, a estrutura demográfica dos anos 2000 é bem diferente da observada em 1960. Até
1970, por causa da emigração, a população sofreu um decréscimo, mas em meados de 1975 a população sofreu novamente um aumento, com o regresso de muitos portugueses vindos das ex – colónias. A partir de então, a população portuguesa quase que estabilizou.


Contudo, o envelhecimento demográfico tem sido muito rápido e acentuado, a natalidade e a fecundidade baixaram, sendo das mais baixas da Europa, a mortalidade manteve-se em níveis semelhantes, mas a mortalidade infantil decresceu de forma espantosa de quase 80 mil óbitos para 3, 4 mil, constituindo hoje um dos melhores indicadores a nível mundial.



A esperança de vida à nascença aumentou de forma considerável, mas a dimensão das famílias sofreu uma redução, alcançando actualmente uma média de 3 pessoas por família.

O número de casamentos diminuiu, sendo que no ano de 2008, o valor era muito inferior ao de 1960. Aumentaram os casamentos não católicos, mas aumentaram também e, continuam em crescimento, o número de divórcios e de uniões de facto.


Aumentaram também o número de famílias constituídas só por uma pessoa, tendo a parte das famílias numerosas (mais de cinco pessoas) diminuído de quase um quinto do total para cerca de 5 %.


O número de jovens no país sofreu um decréscimo preocupante, passando de quase um terço do total da população para menos de um sexto. Já a proporção de idosos em Portugal que rondava os 8%, ultrapassa agora os 16%, excedendo também o número de jovens no país.


Nos últimos dois anos o número de óbitos ultrapassou o número de nascimentos, e este saldo natural negativo obrigará a um exame sério das actuais politicas sociais.


O número de estrangeiros no país também aumentou fortemente: de pouco mais de 20 mil para quase 500 mil imigrantes. Em 1960 os nossos imigrantes eram maioritariamente europeus, sendo os de hoje, na sua maioria, de origem africana, brasileira e europeus de leste.


Depois de décadas como um país de emigração, Portugal passou a ser um país de imigração. Durante um certo período eram mais os estrangeiros que vinham para o nosso país, que os nacionais que saíam.


Fonte: Imagem 1


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